Clínica da Alegria: Valorização da Vida Pelo Sorriso

Clínica da Alegria: Valorização da Vida Pelo Sorriso

EVENTO

Descrição:
Quem já pensou em ser palhaço? Mais ainda: em levar alegria e uma mensagem de solidariedade e otimismo a crianças e idosos internados em hospitais ou abrigados em creches e asilos? Pois a oportunidade é essa! A CLÍNICA DA ALEGRIA vai recrutar novos voluntários para o trabalho que desenvolve em diversas instituições do Rio de Janeiro, Niterói e Região Metropolitana. A seleção, teste e treinamento dos novos integrantes do grupo serão realizadas neste sábado, dia 28, das 14 às 17 horas, no SESC Niterói.
Formado por voluntários que se vestem de palhaço para tornar menos difícil a dor de milhares de pessoas, a “Clínica da Alegria – Valorização da Vida pelo Sorriso” é o principal projeto da ONG Ação Beneficente Sorriso e Vida (ABSV), criada por uma família de voluntários em Niterói e que desenvolve diversas atividades. Atualmente o grupo é integrado por 15 pessoas, a maioria jovens estudantes ou profissionais recém-formados, moradores de Niterói e do Rio de Janeiro.
Somente em 2008, a Clínica da Alegria atendeu cerca de 6 mil pessoas em 16 instituições de saúde e assistenciais, além de comunidades carentes, nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e São João de Meriti. A previsão para este ano é superar esta meta. Já foram visitados este ano o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), o Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho) e o Asilo Dr. March, em Niterói, além de um orfanato em Del Castilho, zona norte carioca

Requisitos necessários
Para ser um integrante da Clínica da Alegria, o interessado deve ser maior de idade ou ter pelo menos 17 anos e a autorização dos pais ou responsáveis. É necessário ter disponibilidade para o trabalho voluntário pelo menos um dia na semana (exceto aos domingos), sempre das 13 às 18 horas. O grupo trabalha em sistema de escala, sempre contemplando o dia que o voluntário tem disponível.
O teste para a Clínica da Alegria é baseado em dinâmicas que trabalham com emoções e interpretações. “Se a pessoa sabe trabalhar ou controlar as suas emoções, vai se tornar um pouco mais fácil em trabalhar com a dos outros”, explica a enfermeira Fernanda Magalhães Cabral, 25 anos, a palhaça Kika Trumbica, que também é atriz e presidente da Clínica da Alegria.
Durante o treinamento, será apresentado o video “Voluntários do Riso”, um documentário preparado por estudantes da Universidade Carioca que conta a trajetória do grupo. Também serão desenvolvidas atividades-surpresas. Para o teste é necessário levar uma roupa confortável para que possa realizar as atividades propostas pelo grupo.
Cerca de 10 candidatos a voluntários já se inscreveram e a estimativa é receber pelo menos outros 15 interessados no próprio local. “Mais importante que tudo é ter pessoas dispostas ao trabalho. Existe um casal de voluntários que está tão animado que até já montaram seus personagens. Uma das confirmadas é uma senhora de 75 anos”, destaca Kika Trumbica. Segundo ela, para ser um voluntário basta ser responsável, passar no teste e estar disposto a trabalhar em grupo e entender as atividades a ser desenvolvidas. “O resto vai aprendendo com o grupo”.
A nova seleção de voluntários para a Clínica da Alegria tem o apoio do Sesc, que cedeu o local, além dos palhaços da Clínica e dos colaboradores do grupo. Interessados em participar do teste e treinamento podem se inscrever pelos telefones (21) 2717-5367 e 9522-1507 ou pelo email clinicadaalegria@gmail.com. Para conhecer mais o trabalho do grupo, acesse www.clinicadaalegria.blogspot.com.

Treinando para ser palhaço
Vida de palhaço não é só festa e diversão. É preciso estudo e dedicação. Afinal, “seja qual for o caminho escolhido, mesmo o de palhaço, a pessoa tem que estudar muito”, já dizia Renato Aragão. Assim, os novos voluntários da Clínica da Alegria devem passar por testes e treinamento de dois meses, que envolve desde noções de teatro até técnicas de lavagem das mãos para evitar infecções durante o contato com os pacientes.
“Nem todos têm estrutura psicológica para entrar num hospital, tocar um doente. É preciso testar as emoções para aprender a lidar com o outro”, explica Fernanda. Formada em Artes Cênicas, é ela quem ministra as aulas de técnicas de teatro para os novos integrantes do grupo. “Quem entra no projeto deve saber que vai doar mais do que receber, mas a nossa maior recompensa é o amor com que as pessoas nos recebem”, complementa.
O grupo também oferece apoio psicológico aos voluntários, para ajudá-los a enfrentar a dura realidade do ambiente hospitalar. Este atendimento é prestado pela psicóloga e também voluntária Ana Paula Lettieri. “Há casos em que um paciente vai a óbito enquanto estamos divertindo os colegas da enfermaria. E aí temos que manter o sorriso e a alegria para evitar que outros doentes sofram ainda mais”, conta Fernanda, a palhaça Kika Trumbica.
SAIBA MAIS SOBRE A CLÍNICA DA ALEGRIA
Origem do grupo - A Clínica da Alegria é resultado da vivência de uma verdadeira família de voluntários, formada pela auxiliar de enfermagem aposentada Maria de Fátima Magalhães, 51 anos, e seus filhos, Fernanda e Vinicius. A idéia de criar a Clínica surgiu após assistir o filme “Patch Adams - O Amor é Contagioso”, que conta a história real de um paciente que se torna médico de uma instituição para doentes mentais e utiliza métodos nada ortodoxos de tratamento.
Em outubro de 2001, o grupo realizou sua primeira visita ao Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) e aos poucos o trabalho foi se estendendo a outros hospitais públicos, chegando também a asilos, abrigos e comunidades carentes. “Nossa proposta é levar uma mensagem de alegria, otimismo, esperança e carinho, que ajude os doentes a lidar com sua própria dor”, explica Fátima, também conhecida como 'Amada', forma carinhosa com que trata amigos, voluntários e assistidos.
Doações - Sem qualquer ajuda oficial ou patrocínio de empresas, a Clínica da Alegria conta com a solidariedade de voluntários – em sua grande maioria, pessoas físicas, amigos e ex-colegas de trabalho e de faculdade de Fátima e seus filhos. São coletados alimentos, leite em pó, roupas novas e usadas, kits de higiene (sabonete, pasta de dente, escova e toalha de rosto), fraldas descartáveis e geriátricas e outros artigos para distribuir durante as visitas aos doentes e internos carentes, muitos deles vindos de outras cidades ou distantes das famílias. A ABSV funciona dentro da própria casa de Fátima, um modesto apartamento no Centro de Niterói, onde são realizadas as reuniões da Clínica da Alegria e que também serve de depósito para as doações.
Festas temáticas - Além das visitas regulares durante o ano inteiro, a Clínica promove festas temáticas dentro das instituições em datas especiais, como Dias das Mães, dos Pais e das Crianças, Páscoa, Festas Juninas e Natal, em que são distribuídos brinquedos, chocolates e outros presentes, todos doados por diversos grupos de amigos da Clínica da Alegria. Um deles é o grupo Festa e Solidariedade, liderado pelos amigos Patricia Curvelo e João Amorim, que há cinco anos promove festas periódicas no Rio de Janeiro para arrecadar doações para o grupo. Outra fonte de arrecadação é a venda de souvenirs com a logomarca do grupo, como sabonetes, camisetas, mouse pads e outros.
Serviço:Seleção para voluntários da Clínica da AlegriaData e horário: Dia 28 de março, sábado, das 14 às 17 horasLocal: SESC Niterói (Rua Padre Anchieta 56 – sala 401 – atrás do PlazaShopping).Informações e inscrições: (21) 2717-5367 // 9522-1507 // 9733-8718www.clinicadaalegria.blogspot.com // clinicadaalegria@gmail.com.